Nesta quinta-feira, 12, o novo ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, entregou formalmente ao PPI ofício pedindo para incluir a petroleira estatal no programa de privatizações. Montezano explicou que, como agente do Programa Nacional de Desestatizações (PND), o BNDES é contratado pelo PPI e pelo ministério interessado para fazer estudos e propor modelagem para qualquer privatização. Até agora, não houve contato formal para essa contratação.
“Estamos preparados e seria muito bem-vindo mais esse mandato para a nossa carteira”, afirmou Montezano, em entrevista coletiva para comentar os resultados financeiros do BNDES no primeiro trimestre.
O executivo evitou, no entanto, especular prazos para preparar eventual estudo ou modelagem para uma privatização da Petrobras. Questionado se seria possível levar uma operação do tipo a cabo ainda este ano, Montezano informou que o processo de desestatização feito em prazo recorde no BNDES levou 15 meses.
“O recorde foi 15 meses, nunca fizemos nada abaixo disso”, afirmou Montezano, ressaltando ainda que eventual privatização da Petrobras seria uma operação “complexa”.
O presidente do BNDES também demonstrou confiança na continuidade do processo de privatização da Eletrobras. O executivo disse esperar “tratamento técnico” e um “sinal verde” do Tribunal de Contas da União (TCU), que analisará o processo na próxima semana.
Montezano ressaltou, porém, que os prazos estão apertados, já que é preciso preparar a oferta de ações que permitirá o aumento de capital da estatal e, portanto, a diluição da participação da União antes de meados de julho, já que, durante o verão no Hemisfério Norte, as janelas de mercado para grande ofertas ficam fechadas.