Com as pressões inflacionárias intensificadas em meio ao conflito, a ONU prevê que a inflação global suba a 6,7% neste ano duas vezes a média de 2,9% entre 2010 e 2020.
As baixas nas projeções de crescimento são generalizadas, incluindo as maiores economias, como Estados Unidos, China e Europa, e a maior parte das desenvolvidas e emergentes, afirmam as Nações Unidas.
As economias em desenvolvimento e importadoras de commodities lidam com os maiores cortes nas estimativas, dados os preços mais altos de energia e alimentos. Especialmente na África, a perspectiva é de agravamento de insegurança alimentar.
Na Europa, para além da crise humanitária e perda de vidas, a ONU destaca que a guerra traz dificuldades econômicas não só para a Rússia e Ucrânia, como também para países vizinhos na Ásia Central e Europa.
Na União Europeia, especificamente, o pico nos custos de energia devem representar um choque. A perspectiva de crescimento para o bloco em 2022 caiu de 3,9%, projetados em janeiro, para 2,7%.
Entre economias consideradas em desenvolvimento ou menos desenvolvidas, o avanço da inflação tem reduzido o poder de compra das famílias. Nesses países, a pobreza é mais presente e o crescimento salarial segue contido, observa a ONU. “O aperto monetário nos Estados Unidos também deve aumentar os custos dos empréstimos e piorar as lacunas de financiamento nos países em desenvolvimento, incluindo os países menos desenvolvidos.”