De acordo com a leiloeira Mariana Sodré Santoro Batochio, da Sodré Santoro, houve um total de 32 lances pelo ativo. O nome do comprador não foi imediatamente revelado, mas deve ser incluído no processo nos próximos dias. A concretização da venda depende do pagamento do valor. “O processo mostrou que a Daslu ainda tem valor – e não é pouco valor”, disse Mariana.
A Sodré Santoro tem experiência em retomada de marcas antigas: vendeu, em 2010, a marca Mappin para a rede Marabraz. Recentemente, em processo separado, a Mesbla também foi “ressuscitada” por ex-funcionários.
HISTÓRICO
A Daslu, criada por Eliana Tranchesi, que morreu em 2012, voou alto por mais de uma década, a partir dos anos 1990.
Em um momento em que as marcas de luxo internacionais praticamente não tinham presença no Brasil, a Daslu oferecia serviços especializados para suas clientes em um estilo “casa de patroa” – com vendedoras uniformizadas e que tratavam as consumidoras como se estivessem em uma mansão.
O castelo da Daslu começou a ruir em 2005, não muito depois da inauguração da Villa Daslu. O edifício neoclássico, construído ao custo de R$ 100 milhões, chegou a ter 700 empregados.
Foi nessa época que Eliana foi presa por sonegação fiscal. Em 2010, a companhia entrou em recuperação judicial, com dívidas de R$ 80 milhões. Antes de ir à falência, a empresa ficou um período nas mãos do fundo Laep, de Marcos Elias, que já enfrentou vários questionamentos na Justiça e foi dono da Parmalat no País.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.