Com a decisão, os valores vigentes serão válidos até 28 de junho, ou até a diretoria deliberar sobre o tema novamente.
A empresa atende cerca de 3 milhões de unidades consumidoras, localizadas em 647 municípios do Estado do Rio Grande do Sul.
Entre as ações para atenuar os reajustes, está o aporte na Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) que deve ser feito com a conclusão do processo de privatização da Eletrobras. O fundo setorial é rateado entre todos os consumidores por meio da conta de luz e, por isso, o repasse amenizará o impacto tarifário.
Além disso, a agência também aguarda a implementação de iniciativas legislativas. Em seu voto, o diretor Hélvio Neves Guerra destacou o projeto de lei que prevê a devolução integral de créditos tributários aos consumidores. O texto já foi aprovado pelo Congresso, mas ainda precisa ser sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro.
Os parlamentares também discutem projeto de lei que prevê um teto de 17% para a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) cobrado sobre alguns serviços, incluindo o de energia elétrica. O texto foi aprovado pelo Senado na noite da segunda-feira, 13. Como passou por alterações, a proposta voltará à Câmara.
No voto, o relator destacou que a decisão da diretoria desta terça é similar à aplicada em relação às tarifas da Cemig, que já foram prorrogadas em duas ocasiões pela diretoria colegiada.
Ele disse, ainda, que a prorrogação foi acordada com a empresa. “Tal encaminhamento justificou-se, e defendo que entendimento semelhante cabe no presente caso, pela iminência da conclusão dessas ações que impactam os processos tarifários, de forma a evitar movimentos e atualizações tarifárias consecutivas em um pequeno intervalo temporal, trazendo eficiência administrativa nos processos tarifários.”