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Varejo de SP tem crescimento recorde no 1º trimestre e fatura R$ 252,5 bi

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Estadão Conteúdos

O comércio varejista no Estado de São Paulo registrou faturamento de R$ 252,5 bilhões no primeiro trimestre deste ano, o que equivale a um crescimento de 10,3% em relação ao mesmo período do ano anterior. Segundo dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista no estado de São Paulo (PCCV), promovida pela FecomercioSP, essa é a maior alta porcentual nos três primeiros meses do ano desde 2010.

As vendas foram R$ 23,5 bilhões maiores no primeiro trimestre deste ano na comparação com igual período de 2021. Em 2022, o mês de janeiro teve um aumento de 5,5%, em fevereiro, de 7,9%, alcançando em março 17,2%. Já em 2021, o crescimento foi respectivamente de 3,4%, 3,5% e 6,3%.

Dos nove segmentos avaliados na pesquisa, oito mostraram avanço no faturamento real. Na liderança, estão as lojas de vestuário, tecidos e calçados (50,5%), que foi uma das áreas mais impactadas na pandemia encolhendo 20% do seu faturamento anual. O setor é seguido por outras atividades (19,7%), autopeças e acessórios (18,5%), concessionárias de veículos (13,3%). Além disso, houve alta nas vendas de lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (9,5%), materiais de construção (8,7%), farmácias e perfumarias (8,1%) e, por fim, as lojas de móveis e decoração (6,6%). O único caso de estabilidade foi o setor de supermercados (-0,6%).

Capital

Na capital paulista, a alta do faturamento do varejo foi de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Considerando a série histórica a partir de 2008, foi o maior resultado do varejo paulistano para o período, atingindo uma receita de R$ 74,9 bilhões -alta de R$ 7,9 bilhões na comparação com o primeiro trimestre de 2021.

Na cidade, as taxas de expansão foram observadas em oito segmentos: lojas de vestuário, tecidos e calçados (58,6%), outras atividades (27,9%), autopeças e acessórios (21,4%) e lojas de móveis e decoração (46,8%). Também tiveram expansão no faturamento as lojas de eletrodomésticos e eletrônicos (63,0%), concessionárias de veículos (38,6%), farmácias e perfumarias (9,5%) e materiais de construção (12,3%). No sentido inverso, houve queda nos supermercados (-2%).

Em ambos os casos, estado e capital, esse aumento significativo pode ser explicado pela diminuição da taxa de desemprego, que na unidade federativa foi de 14,9%, em 2021, para 10,5%, em 2022, o que impactou positivamente na renda média, sobretudo na cidade de São Paulo. E, também, pela concessão de crédito, que em fevereiro subiu 21% na comparação anual, segundo o Banco Central.