Em discurso durante evento, Mann argumentou que um aperto monetário mais agressivo reduz o risco de que a “já incorporada” inflação doméstica seja alimentada pela desvalorização da libra. Segundo ela, a ideia seria manter a porta aberta para uma reversão da política de juros no médio prazo, à medida que a demanda agregada esfria.
A dirigente acrescentou que os cenários traçados em estudos recentes sugerem que pode haver mais depreciação da moeda britânica. “Se o Federal Reserve (Fed) apertar no ritmo esperado atualmente, e o Banco Central Europeu (BCE) promover um aumento em breve, os cenários pressão adicional de depreciação sobre a libra esterlina que pode aumentar a inflação, particularmente no curto prazo”, explicou.
Mann pontuou ainda que o Reino Unido está “particularmente exposto” ao impacto de desdobramentos globais na inflação. Na visão dela, o aperto monetário do Fed pode adicionar 0,5 ponto porcentual ao índice de preços britânico só no primeiro ano. “Enquanto o MPC Comitê de Política Monetária visa estabilizar a inflação na meta de 2% no médio prazo, dada a provável inflação de dois dígitos, estar atento às implicações de curto prazo do fator global para a inflação é particularmente relevante”, ressaltou.