Gravado, o discurso foi protocolar e saiu em defesa da política econômica do Executivo. “Meta do meu governo tem sido ampliar participação do setor privado na economia”, afirmou o presidente, sem considerar as recentes ingerências na Petrobras, uma empresa de economia mista. “O Brasil está comprometido em consolidar-se como polo seguro e estável para investimentos”, garantiu o presidente. “Tomamos medidas para o marco regulatório econômico ser mais seguro, previsível e transparente”, acrescentou, destacando a aprovação da reforma da Previdência, em 2019.
Ainda assim, argumentou Bolsonaro, o atual contexto global é de preocupação com os fluxos de comércio e cadeias de abastecimento de energia e alimentos, fator que merece atenção do bloco.
“Estamos determinados a participar de forma construtiva na definição de rumos da economia global”, prometeu o presidente, acenando para uma política multilateral abandonada no início de seu governo com a influência do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, crítico do que chamava de “globalismo”. “É satisfação compartilhar com os BRICS o mesmo espírito de integração econômica”, afirmou Bolsonaro.