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Revisão do PIB está ligada a consumo das famílias e exportação, diz diretor do BC

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Estadão Conteúdos

O diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, comentou nesta quinta-feira, 23, sobre o aumento da projeção da autarquia para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2022, de 1% para 1,7%. Na Focus, reparou, há movimento de alta para projeção de 2022 e queda para 2023, pelos efeitos da política monetária.

Segundo Guillen, a revisão incorpora os números melhores de atividade já observados. O BC

já antecipa desaceleração da atividade à frente devido aos efeitos defasados de política monetária.

O diretor pontuou que há aperto de condições financeiras por alta dos juros, do petróleo, e queda de bolsas no Brasil e no mundo, além do aumento do CDS no País.

Ele citou ainda que a melhora na projeção está relacionada com os vetores de consumo das famílias e exportação.

O diretor do BC ainda comentou que os dados não divulgados do Índice de Atividade Econômica do BC (IBC-Br) mostram crescimento de serviços e indústria mais fraca, afetada pelos gargalos globais. “Há queda de poupança acumulada”, completou.

Guillen também falou sobre o mercado de trabalho. Segundo ele, houve recuperação melhor e mais disseminada que a esperada. “Rendimentos reais do trabalho tiveram perda; estão aquém de pré-pandemia. É importante observar aumento de nominal que pode ter efeito sobre inércia de inflação.”

Ele concedeu entrevista coletiva à imprensa sobre a condução de política monetária, ao lado do presidente do BC, Roberto Campos Neto. O Relatório Trimestral de Inflação (RTI), inicialmente previsto para ser divulgado nesta quinta, só será publicado na próxima quinta-feira, 30, devido à greve dos servidores da autarquia.