Com os recursos anunciados nesta sexta-feira, 24, o FIDC de cartões de crédito do Neon chegou a R$ 800 milhões em patrimônio, e a expectativa é de que esse volume ultrapasse R$ 1,5 bilhão até o final de 2022.
O Neon captou recursos com prazo de três anos, e cupom de CDI acrescido de taxa de 5,25%.
A captação acontece em um momento em que outro mercado, o de capital de risco, está com a “mão fechada” diante da alta da inflação e dos juros ao redor do mundo. O Neon recebeu em fevereiro um aporte de US$ 300 milhões do banco espanhol BBVA. Ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o cofundador e presidente do conselho, Jean Sigrist, afirmou há duas semanas que a fintech está capitalizada, mas que a busca por rentabilidade se acentuou.
“A captação (no FIDC) chancela a robustez e o histórico positivo que viemos construindo na gestão da carteira de crédito ao longo dos últimos anos”, afirma em comunicado o CFO do Neon, Jamil Marques. “Hoje nosso motor de crédito está maduro e os recursos do FIDC nos dão musculatura para continuar expandindo nossa carteira de maneira sustentável e equilibrada no médio e longo prazo.”
O FIDC de cartões do Neon é gerido pela Empírica, que tem foco em crédito estruturado e gere mais de 50 fundos, com R$ 8 bilhões em ativos sob gestão. Além da Empírica, XP e BV lideraram os investimentos no fundo.
“A intenção é trazer mais conforto e segurança aos investidores, inclusive para nós mesmos que, via fundos de fundos geridos por nós, aportamos um total de R$ 100 milhões no FIDC Neon”, afirma Giuliano Longo, sócio-diretor de expansão de negócios da Empírica.
Com mais de 15 milhões de clientes, o Neon fechou 2021 com carteira de crédito de R$ 1,5 bilhão, e espera que esse total dobre até o final de 2022.