O avanço em junho foi puxado tanto pela avaliação do presente quanto pelas perspectivas do setor. O Índice de Situação Atual (ISA) subiu 1,9 ponto, para 102,3 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE) teve alta de 1,2 ponto, para 100,2.
“Observa-se aumento da satisfação em relação à situação presente dos negócios e avaliações muito positivas quanto à demanda externa, com destaque para o bom momento dos segmentos de consumo não durável e intermediário”, diz o economista do Ibre/FGV Stéfano Pacini, em nota. “Na ótica das expectativas as previsões são otimistas no horizonte de três meses, mas ainda cautelosas no de seis, uma diferença possivelmente decorrente da preocupação com a escalada inflacionária e dos juros internos, além do previsível aumento da incerteza durante o período eleitoral.”
O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI), por sua vez, subiu 0,6 ponto porcentual, a 81,4%, o maior nível desde junho de 2014.
Nas aberturas do ISA, o melhor desempenho se deu no indicador que mede o grau de satisfação com o nível de demanda por produtos industriais, que avançou 3,2 pontos, para 102,9 pontos, alcançando a maior marca deste ano. A percepção dos empresários com relação à situação atual dos negócios cresceu 1,9 ponto, para 105,6 pontos, o maior nível desde outubro de 2021 (106,2 pontos). Após avançar 8,4 pontos em abril, o indicador que mede o nível dos estoques recuou 0,2 ponto em junho, para 101,9 pontos – quando acima de 100 pontos, esse indicador sinaliza que a indústria está operando com estoque além do desejável.
Entre os componentes do IE, a produção prevista para os três meses seguintes registrou expansão de 2,4 pontos, para 102,9, o maior nível desde dezembro de 2020 (110,4 pontos). Os indicadores de tendência dos negócios para os próximos seis meses e emprego previsto para os próximos meses tiveram altas de 0,6 ponto e 0,8 ponto, respectivamente, para 95,2 pontos e 102,6 pontos.