“Temos, por exemplo, a questão da desoneração da folha. Temos 17 setores da sociedade com essa desoneração e nós pretendemos ampliá-la”, afirmou o presidente em evento da Comissão Nacional da Indústria (CNI). “Estudo com Paulo Guedes ver uma desoneração que a gente venha a perder um pouco deste superávit de arrecadação para abater dívida, mas que sirva para ampliar o número de empregos no Brasil”, acrescentou.
Em resposta a perguntas de empresários, Bolsonaro defendeu a redução nas alíquotas do IPI e afirmou que pretende reduzir tudo o que não precisar apresentar outra fonte compensatória. Ele também declarou que não vai discutir o teto de gastos nesse momento. “É a regra do jogo”. No entanto, o presidente já afirmou que poderia rever a regra fiscal após as eleições.
“Já disse, não sou um profundo conhecedor de economia”, arrematou o presidente à plateia de empresários, voltando a dizer que seu posto Ipiranga para a Economia é o ministro Paulo Guedes.
Banco Central
O presidente Jair Bolsonaro afirmou também que poderia pedir ao Banco Central a redução da Selic, a taxa básica de juros, mas que não vai interferir na instituição. “Jamais faria (pedir redução da taxa Selic). Independência do BC garante aos senhores que não vai ter interferência política”, comentou, ao destacar a independência do Banco Central como uma das conquistas do seu governo.
A Selic está atualmente em 13,25%, a maior em cinco anos, uma forma de conter a inflação.
O presidente destacou ainda a segurança jurídica ao dizer que a gestão não rompe contratos.
Bolsonaro também afirmou que estuda mudar a fórmula de cálculo de reajuste dos pedágios. “Em vez de IPCA cheio, coloca 0,9%, 0,91% em cima do reajuste anual. Está bastante avançado para colocar nas novas licitações e, a cada dez anos, renegociar o valor desse pedágio.”
Outra proposta do presidente é zerar o pedágio para motocicletas nas estradas. “Não é em benefício próprio. Quando eu deixar de ser presidente, não vou ficar andando de moto por aí”, pontuou.