A eliminação de todas as barragens a montante da Vale no Brasil tem por objetivo evitar que tragédias como o rompimento da barragem da mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), que matou quase 300 pessoas, voltem a ocorrer.
Segundo a Vale, as atividades de descaracterização, que significa reintegrar funcionalmente a estrutura e seus conteúdo ao meio ambiente, serão executadas em horário comercial para reduzir os impactos nas comunidades próximas. “A empresa também fará a umectação das vias de acesso para diminuir a poeira, além do controle da qualidade da água e destinação correta de resíduos”, diz a Vale em nota.
A barragem Ipoema deixou de operar em 2019. A estrutura é monitorada permanentemente pelo Centro de Monitoramento Geotécnico (CMG), de acordo com a companhia.
Em Itabira, os diques 3 e 4 do Sistema Pontal também estão em obras de descaracterização e têm conclusão prevista até dezembro deste ano. Outras duas estruturas a montante do Complexo Itabira já foram descaracterizadas: o dique 5, de Pontal (2021), e o dique Rio de Peixe (2020).
Ao final deste ano, metade das dez estruturas a montante de Itabira já estarão eliminadas. “A Vale reforça que as obras de descaracterização são complexas, com soluções customizadas para cada estrutura e estão sendo realizadas de forma cautelosa….Os projetos e obras são acompanhados pela auditoria técnica do Ministério Público de Minas Gerais”, informa a mineradora.
As obras de eliminação das barragens a montante da Vale no Brasil já geraram 20,3 mil empregos desde 2019. Hoje, mais de 4,8 mil trabalhadores atuam nas ações do Programa de Descaracterização da empresa, concentradas em Minas Gerais.