Na quarta-feira passada, dia 29, o presidente do BB, Fausto Ribeiro, havia dito o que o banco ofereceria R$ 200 bilhões na temporada 2022/23. Na ocasião, o governo não havia definido o montante de recursos do Tesouro Nacional a ser destinado a cada instituição financeira para equalização de juros. Por isso, o BB ainda não contava com o detalhamento dos recursos previstos para Pronaf, Pronamp e demais produtores.
Na safra 2021/22, o BB anunciou R$ 17 bilhões para o Pronaf, R$ 17,2 bilhões para Pronamp e R$ 87,3 bilhões para demais produtores. Dos R$ 135 bilhões anunciados para a safra 2021/22, R$ 121,5 bilhões tiveram taxas de juros controladas (com e sem equalização).
As taxas cobradas no ciclo 2022/23 serão aquelas anunciadas no último dia 29 de junho no evento de lançamento do Plano Safra 2022/23 realizado pelo governo no Palácio do Planalto, em Brasília. Linhas do Pronaf terão juros de 5% e 6% ao ano. Médios produtores contarão com juros de 8% ao ano no âmbito do Pronamp e grandes produtores rurais terão taxas entre 12% e 12,5% ao ano.
Na safra 2021/22, o Banco do Brasil desembolsou R$ 153 bilhões, mais do que os R$ 135 bilhões anunciados, superando em 34% os R$ 115 bilhões aplicados pelo BB na safra 2020/21. Em março deste ano, o banco atingiu R$ 254,6 bilhões de carteira de crédito agro, o que corresponde a 53,4% de todo o crédito rural disponibilizado no Sistema Financeiro Nacional.