No encontro do mês passado, o BCE revelou planos de elevar seus juros em 25 pontos-base na reunião do próximo dia 21, mas há especulação sobre um aumento maior, possivelmente de 50 pontos-base, à medida que a inflação na zona do euro renova sucessivos recordes em meio aos efeitos da guerra na Ucrânia.
Na ata, publicada nesta quinta-feira, 7, dirigentes apontam que o crescimento e o mercado de trabalho da zona do euro seguem “surpreendentemente” robustos, apesar da dimensão dos choques de oferta.
Os dirigentes ponderaram a necessidade de “manter em mente” a possibilidade de uma recessão técnica no bloco, mas consideraram que, de modo geral, a hipótese de estagflação é um “resultado improvável”
Ainda de acordo com o documento, dirigentes do BCE concluíram que a revisão da perspectiva da inflação no médio prazo justifica que mais passos sejam tomados para normalizar a política monetária. Também foi argumentado que uma normalização muito lenta poderia ampliar as pressões de demanda.
Avaliou-se ainda que é fundamental que o BCE mantenha sua credibilidade, mostrando sua determinação de trazer a inflação de volta à meta oficial de 2% no médio prazo.