O Estadão/Broadcast mostrou nesta quarta-feira que, na venda, a holding de investimentos havia recebido por volta de US$ 18 por ação. É um valor menor que o pago pelos compradores nos blocos que a Itaúsa levou a mercado em dezembro de 2021 e em março deste ano, quando a XP estava mais valorizada na Nasdaq, bolsa americana em que é listada.
A venda teve o objetivo de ajudar a financiar a compra de 10,3% do capital da concessionária de infraestrutura CCR pela Itaúsa. A companhia vai desembolsar R$ 2,9 bilhões para entrar no capital da empresa, em acordo costurado em conjunto com a Votorantim e a Andrade Gutierrez, hoje detentora dos papéis.
“Como resultado, a posição da Itaúsa reduziu-se a 57.470.985 ações de classe A da XP, representando 12,9% das ações de classe A emitidas pela companhia”, informou a XP em comunicado enviado à SEC, a CVM americana.
A Itaúsa ainda pode vender 17 milhões de ações da XP neste ano, o que pelas cotações de ontem, equivalia a cerca de R$ 1,7 bilhão. A venda feita nesta semana terá impacto líquido de R$ 300 milhões no resultado da empresa de investimentos no terceiro trimestre deste ano.