Em discurso durante evento virtual, a dirigente argumentou que as incertezas no cenário inflacionário justificam um aumento de juros mais agressivo no início do ciclo de aperto, cenário conhecido no mercado pelo jargão em inglês “front-load”. Essa visão a levou a divergir da decisão do BoE de elevar a taxa básica em 25 pontos-base em maio, preferindo uma alta de meio ponto porcentual.
Catherine Mann também afirmou que uma “robusta resposta política” à escalada da inflação no Reino Unido é apropriada. A dirigente explicou que não está claro qual será o impacto do aperto monetário nos EUA para as economias europeias. Segundo ela, o aumento de juros pelo Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pode ser inflacionário para os britânicos ao causar forte desvalorização da libra.
Por outro lado, Mann entende que o arrocho monetário americano também pode deflagrar uma desaceleração da atividade econômica global e, dessa forma, ter efeitos deflacionários.
Catherine Mann definiu o mercado de trabalho britânico como “apertado”, o que provoca avanço dos salários. Segundo ela, fatores estruturais reduziram a participação da força de trabalho.