De janeiro a abril o faturamento das empresas paulistanas de serviços cresceu 11,5% em relação ao primeiro quadrimestre do ano passado e no acumulado de 12 meses encerrados em abril houve uma expansão de 16,2%.
Os dados são da Pesquisa Conjuntural do Setor de Serviços (PCSS), realizada pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Mostra ainda o levantamento que, dentre as 13 atividades avaliadas pela pesquisa, 8 apontaram crescimento em comparação a abril de 2021. O destaque, mais uma vez, ficou com o turismo, que registrou um faturamento de R$ 573 milhões resultante de um crescimento de 311,6% sobre abril do ano passado. Nos últimos 12 meses este setor acumula aumento de 120,1% no seu faturamento.
Outras atividades a registrarem crescimento expressivo no contraponto anual foram as do Simples Nacional (83%), da mercadologia e comunicação (14,6%) e dos serviços jurídicos, econômicos e técnico-administrativos (10,3%), além de outros serviços (34,1%).
Quedas
Na comparação a março, a pesquisa aponta queda de 2,7% no faturamento médio das empresas do setor de serviços. “As oscilações mensais, que vêm sendo captadas pelo indicador, são reflexos de um cenário de muitas incertezas na economia. A inflação segue como a principal vilã neste contexto, pois encarece as operações das empresas e contrai o consumo, obrigando os consumidores a buscar serviços mais essenciais, afetando, portanto, as margens das empresas”, avaliam os analistas econômicos da FecomercioSP.
Para a entidade, o momento de incertezas cobra planejamento e resiliência do setor empresarial para enfrentar os desafios. É importante definir estratégias e planos de redução de custos para compensar eventuais aumentos. Além disso, ajustar investimentos e despesas de acordo com a programação do fluxo de caixa financeiro e evitar excesso de endividamento são algumas das atitudes a serem adotadas.
Também foram observadas quedas nos serviços de representação, de 13,9%; agenciamento, corretagem e intermediação, com recuo de 9%; técnico-científico, 4,5%; serviços bancários, financeiros e securitários, retração de 3,4%; e construção Civil, com baixa de 1,2%. No caso desse último, o principal impacto vem pela inflação e pelos juros elevados.