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Para economista-chefe do BTG, 2023 vai ser ano de juros altos e crescimento baixo

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Estadão Conteúdos

O economista-chefe do BTG Pactual e ex-secretário do Tesouro, Mansueto Almeida, disse nesta terça-feira, 12, que 2023 será um ano de juros altos e crescimento baixo da economia brasileira, levando em conta os efeitos do aperto monetário por período prolongado.

Durante participação no BTG Talks, evento do banco, Mansueto disse que, diante da inflação persistente – com chance de “quase 100%”, na avaliação dele, de a alta dos preços ficar fora do intervalo da meta de 2023 -, o Brasil terá que conviver com juros altos por mais dois anos.

A expectativa dele é de o Banco Central (BC) elevar os juros de referência, a Selic, para 13,75%, com mais um aumento de 0,5 ponto porcentual na primeira semana de agosto, mantendo a taxa nesse patamar até julho do ano que vem. A consequência na atividade será, conforme as previsões do economista, um crescimento zero do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023. “Vai ser um ano de juros altos e crescimento baixo”, projetou.

A partir do segundo semestre de 2023, continuou Mansueto, o BC, “com tudo correndo bem”, deverá ter condição para começar a cortar gradualmente a taxa. Sua previsão, hoje, é de a Selic fechar o ano que vem em 11%.

O economista-chefe do BTG Pactual avalia que a inflação, que caminhava para um resultado final de 10%, deve encerrar 2022 na faixa de 7,5% e 8%, graças à desoneração dos combustíveis.