Para a Fitch, a “forte redução” na proporção da dívida pública em 2021 deve ser seguida por outra “leve queda” em 2022, o que melhora “consideravelmente” o ponto de partida, antes da gradual alta projetada a partir de 2023. A dinâmica de crescimento no curto prazo superior às expectativas da Fitch, e progressos “incrementais” em reformas poderiam beneficiar as perspectivas de investimento no médio prazo. A agência cita ainda o “aperto decisivo na política monetária” do banco central, “apoiado por sua nova autonomia formal”, que comprovam um compromisso em enfrentar a inflação.
Por outro lado, a Fitch diz que “desafios fiscais e de crescimento persistem”, enquanto as eleições de outubro “trazem incertezas sobre como esses desafios serão enfrentados”. Mas avalia que essas questões já estão capturadas nos ratings atuais do Brasil. A Fitch diz ainda esperar continuidade na política macroeconômica ampla no País, após a disputa eleitoral.
PIB
A Fitch elevou sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil neste ano, de 0,5% anteriormente a 1,4%, diz a agência no comunicado em que reafirma o rating do País. Segundo ela, isso reflete um resultado melhor que o esperado no primeiro trimestre deste ano, a reabertura da economia após o choque da pandemia da covid-19, uma “sólida recuperação do emprego” e também “transferências sociais maiores e preços mais elevados de commodities”.
Por outro lado, a Fitch diz esperar que o impacto retardado do “significativo aperto na política monetária” e também incertezas relacionadas à eleição no País e no quadro global restrinjam o crescimento de 2023 em diante. “Riscos de baixa persistem para nossa projeção de crescimento de 1% para 2023”, afirma.