Indicado por Bolsonaro, o atual presidente da Petrobras, Caio Paes de Andrade, é o quinto chefe da estatal do atual governo. Ele foi nomeado em meio à ofensiva do Palácio do Planalto sobre a empresa para diminuir o preço dos combustíveis na bomba em ano eleitoral. Os presidentes anteriores caíram por resistirem à ingerência política de Bolsonaro sobre a Petrobras.
Aos apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada, Bolsonaro voltou a dizer que a Petrobras precisa ter lucro – embora ele mesmo já tenha chamado o lucro da empresa de “estupro” sobre a população brasileira. “Não é que a gente quer que a Petrobras não tenha lucro. Tem que ter lucro. Mas como estamos em época de guerra, o sentimento tem que ser diferente. É sacrifício para todo mundo”, declarou o presidente, pré-candidato à reeleição.
“Eu não tenho poder de interferir na Petrobras, nem tenho poder de interferir lá. A Dilma interferiu lá atrás. Depois mudaram a legislação”, seguiu Bolsonaro, em referência à lei das estatais aprovada no governo Michel Temer (MDB). Como mostrou o Broadcast Político, o Executivo deseja mudar o ordenamento jurídico para ampliar a influência política nas empresas públicas.