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EUA: Yellen pede reorientação de comércio para parceiros, citando alta de preços

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Estadão Conteúdos

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, pediu uma reorientação das práticas comerciais mundiais após a invasão da Ucrânia pela Rússia, pressionando novamente para que os países se tornem menos dependentes da China para componentes críticos como semicondutores.

Falando em uma instalação de pesquisa do LG Group em Seul, Yellen explorou o chamado “friend-shoring”, uma mudança de paradigma proposta que faria com que os EUA e seus aliados negociassem mais de perto uns com os outros e menos com rivais geopolíticos. As interrupções no fornecimento durante a pandemia de covid-19, bem como a guerra na Ucrânia, expuseram o perigo de depender muito de um único produtor, disse.

Em suas observações, Yellen mirou especificamente a China, acusando o país de usar práticas comerciais desleais para obter uma posição dominante em certas indústrias, incluindo a produção de semicondutores. Ela disse que os compradores devem olhar além do preço de etiqueta para avaliar o custo geopolítico de comprar da China. Yellen disse ainda que a previsibilidade de negociar mais com parceiros próximos pode ajudar a evitar alguns picos de preços, levando em conta a inflação.

Ao mesmo tempo, ela está cortejando a cooperação da China em uma proposta para colocar um teto no preço do petróleo russo, levantando o assunto em uma conversa recente com o vice-primeiro-ministro chinês Liu He. Yellen também defendeu que os EUA relaxem pelo menos algumas de suas tarifas sobre as importações chinesas como parte de uma deliberação contínua que dividiu o governo. Durante a conversa, Liu disse a Yellen que gostaria que os EUA suspendessem as tarifas sobre cerca de US$ 370 bilhões em produtos chineses, segundo um alto funcionário do Tesouro. Fonte: Dow Jones Newswires.