A estimativa vem um pouco abaixo da taxa de 3,3% prevista no ano passado. “O crescimento mais fraco reflete a desaceleração de curto prazo da economia global, os efeitos da pandemia e o impacto do conflito Rússia-Ucrânia”, destacou a empresa no comunicado. Espera-se que a demanda (RPK) retorne aos níveis de 2019, pré-pandemia, até 2024.
Ainda conforme o documento, as tendências de aumento da digitalização (home office e videoconferências) e regionalização (relocalização produtiva ou reshoring), que surgiram no início da pandemia, vão impulsionar a demanda por aeronaves de menor capacidade.
“A adequação da capacidade à demanda é a maneira mais sustentável de capturar as oportunidades de crescimento no mundo pós-pandemia. Novas tecnologias verdes tendem a se concentrar em aeronaves de menor porte, em que as inovações são inicialmente aplicadas antes da introdução em plataformas maiores. Nesse contexto, aviões menores são elementos-chave para viagens aéreas mais sustentáveis, além de melhorar igualmente a conectividade”, diz a Embraer no comunicado.
Segundo a companhia, o forte crescimento do comércio eletrônico está abrindo novos mercados para aeronaves de carga com menor capacidade, impulsionando a demanda por conversões de passageiros para cargueiros.
Conforme a Embraer, a demanda global por novas aeronaves de até 150 assentos deve atingir 10.950 unidades nos próximos 20 anos, sendo 8.670 jatos e 2.280 turboélices. O valor de mercado de todas as novas aeronaves, no período, deve atingir US$ 650 bilhões.
A taxa de crescimento anual da demanda no período, por região, deve ser de 4,3% para Ásia-Pacífico (incluindo China); América Latina (+4%), África (+3,8%), Oriente Médio (+3,2%), Europa (+2,3%), América do Norte (+2%) e, a média global, avanço de 3,2%.
Até o final de 2041, a região Ásia-Pacífico deve responder por 42% da demanda (RPK) e, Europa e América do Norte, por 38%.