O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante seis rivais fortes, fechou em alta de 0,66%, a 107,189 pontos.
Segundo o analista Joe Manimbo, do Western Union, investidores operaram no aguardo definição do Fed, que deve subir juros em 75 pontos-base. “A chave para o dólar será se o Fed compartilha uma visão de mercado predominante de que o banco central poderia encenar uma dramática reviravolta política e reduzir as taxas no próximo ano, caso a economia desacelere acentuadamente”, explica.
Indicadores macroeconômicos fracos reforçaram a visão de que a atividade econômica pode estar em processo de desaceleração. O índice de confiança do consumidor dos EUA, do Conference Board, recuou de 98,4 em junho a 95,7 em julho, bem abaixo da previsão de analistas consultados pelo The Wall Street Journal, de 97,0.
Já vendas de moradias novas no país registraram queda de 8,1% em junho, na comparação com maio, à taxa anual sazonalmente ajustada de 590 mil, de acordo com dados com ajustes sazonais publicados hoje pelo Departamento do Comércio do país.
Os dados intensificaram a trajetória ascendente do dólar, que já vinha ajudado pelo enfraquecimento do euro. No fim da tarde em Nova York, a moeda comum recuava a US$ 1,0127. O movimento respondeu ao acordo firmado na UE para redução voluntário do consumo de 15% no consumo de gás natural. A decisão é uma tentativa do bloco de lidar com o risco de corte no fornecimento russo. Ontem, a Rússia voltou a reduzir o abastecimento pelo duto Nord Stream 1, da Gazprom.
O ING acredita que a constante ameaça de uma suspensão completa do gás russo impedirá uma recuperação consistente do euro, que pode voltar a cair abaixo da paridade com o dólar.
Entre outras moedas, a libra cedia a US$ 1,2027 e o dólar avançava a 136,79 ienes. Ante emergentes, a divisa dos EUA subia a 130,7237 pesos argentinos, um dia após encontro da ministra da Economia da Argentina, Silvina Batakis, com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, em Washington.