O índice DXY, que mede a variação da divisa americana ante seis rivais fortes, fechou com queda de 0,69%, a 106,452 pontos. No fim da tarde em Nova York, o euro subia a US$ 1,0210, a libra avançava a US$ 1,2165 e o dólar caía a 136,51 ienes.
Conforme previsão de analistas, o Fed subiu a taxa básica de juros em 75 pontos-base, em decisão unânime, e reiterou o plano para redução de balanço patrimonial. No texto, os dirigentes afirmaram que novas altas devem vir pela frente e que a inflação segue elevada.
Após o anúncio, o foco dos mercados se voltou para a coletiva à imprensa com Powell. O presidente do Fed reforçou o compromisso da instituição em reduzir a inflação e afirmou que agora o ideal é decidir o nível de aumento de juros básicos a cada reunião. Outro aumento “incomumente alto” na taxa básica de juros pode ser apropriado, afirmou Powell. O banqueiro disse que o ritmo de futuras altas continuará dependendo do resultado de dados macroeconômicos. Na avaliação de Powell, os Estados Unidos não se encontram em uma recessão econômica e, mesmo com o objetivo de “pouso suave” na economia americana, ainda é “incerto” como tal aterrisagem se dará, notou.
O ING observa que a fraqueza do dólar nesta sessão se dá em um movimento de correção, após uma alta bem telegrafada de 75 pontos-base pelo Fed. O banco holandês diz que a reação não é uma surpresa e que a expectativa é que o dólar não siga suave por muito tempo. “Primeiro, porque a própria postura ainda agressiva do Fed deve continuar a colocar um piso abaixo do dólar pelo menos até setembro”, afirma o ING, “Segundo, porque a instabilidade contínua nos ativos de risco e os riscos para a região europeia devido à crise do gás russo sugerem que o dólar como porto-seguro deve manter alguma força.”