Por outro lado, a estimativa para a expansão do PIB em 2023 perdeu força, de 0,49% para 0,40%, ante 0,50% de quatro semanas atrás.
Considerando apenas as 58 respostas nos últimos cinco dias úteis, a estimativa para o PIB no fim de 2022 passou de 1,98% para 1,94%. No caso de 2023, houve 56 atualizações nos últimos cinco dias úteis, com variação de 0,47% para 0,46%.
O Relatório Focus ainda mostrou manutenção na projeção para o crescimento do PIB em 2024, em 1,70%, assim como na mediana para 2025, que permaneceu em 2,00%. Quatro semanas atrás, as taxas eram de 1,81% e 2,00%, respectivamente.
O Relatório de Mercado Focus também mostrou leve mudança na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana passou de 59,00% para 59,15%, de 59,00% de um mês atrás.
O relatório trouxe ainda alteração na perspectiva para a relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com o mercado prevendo maior superávit, de 0,22% para 0,30%. Há um mês, a mediana era positiva em 0,10%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 6,80% ante 6,70% de quatro semanas antes.
O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.
Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB se deteriorou, de 63,60% para 63,80%, de 62,00% há um mês. A mediana para o déficit primário permaneceu em 0,30% do PIB. Para o rombo nominal, a estimativa continuou em 7,70%. Os porcentuais eram negativos em 0,10% e 7,60%, respectivamente, há quatro semanas.
Balança comercial
Os economistas do mercado financeiro reduziram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 68,50 bilhões para US$ 67,20 bilhões, ante US$ 68,36 bilhões de um mês atrás. Para 2023, a projeção continuou em US$ 60,00 bilhões, mesma expectativa de quatro semanas antes.
No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana continuou em US$ 18,00 bilhões, repetindo a expectativa de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes passou de US$ 30,00 bilhões para US$ 29,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era deficitária em US$ 32,30 bilhões.
Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 passou de US$ 57,85 bilhões para US$ 56,25 bilhões, ante US$ 60,00 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 60,75 bilhões para US$ 60,50 bilhões, de US$ 65,00 bilhões há quatro semanas.