A conclusão está em boletim publicado nesta segunda-feira, 1º, por Julien Le Roux, Béla Szörfi e Marco Weissler. O trio cita projeções recentes do próprio BCE, segundo as quais os preços do petróleo em dólares entre 2022 e 2024 devem ser 40% mais elevados do que no período entre 2017 e 2019, antes da pandemia da covid-19. Em porcentagem, o choque não é tão grande quanto em 1973 e 1979, comparam.
Como a atual elevação nos preços de energia, e do petróleo em particular, reflete em fatores do lado da oferta, isso poderia também afetar a produção potencial, com implicações para as pressões inflacionárias, apontam os economistas.
O trio argumenta, porém, que não há evidência empírica de que os choques nos preços do petróleo tenham um efeito duradouro na produção potencial. No nível atual dos preços, a perda potencial de produção na zona do euro pode ser estimada no médio prazo em 0,8%, calculam os economistas. Mas eles ressaltam a grande incerteza atual, com mudanças potenciais em variáveis como tecnologias de produção, alternativas viáveis verdes, entre outros pontos.