À espera da ata do encontro, que sairá na terça-feira, Furlani diz que a casa não muda, por ora, a expectativa de fim de ciclo com a Selic nos atuais 13,75% ao ano. Porém, diz ele, aumentou o risco de a taxa subir para 14% na reunião dos dias 20 e 21 de setembro, já que o Copom colocou no comunicado a possibilidade de avaliar um ajuste residual.
“A gente achava que o Banco Central deixaria um pouco mais em aberto o próximo passo, adotando o tom de que as decisões seriam avaliadas a cada reunião, como tem feito boa parte dos bancos centrais de economias desenvolvidas”, diz o economista-chefe da Sicredi Asset. “Mas ele optou por ser um pouco mais especifico”, complementa Furlani.
Assim, diz o economista, o risco de a Selic subir mais 0,25 ponto porcentual ficou maior. A avaliação dele é de que o BC ficará pressionado a cumprir o ajuste residual se o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) for mais agressivo na alta de juros na maior economia do mundo.