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Projeção do Focus de alta do PIB de 2022 sobe de 1,97% a 1,98%

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Estadão Conteúdos

Na esteira da reabertura econômica, da criação de empregos e dos fortes estímulos fiscais às vésperas da eleição, o mercado financeiro continuou melhorando as expectativas para o crescimento econômico este ano, embora de forma marginal.

Conforme o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira, a projeção para a alta do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022 avançou de 1,97% para 1,98%. Há um mês, o aumento esperado era de 1,59%. Já a estimativa para a expansão do PIB em 2023 continuou em 0,40% ante 0,50% um mês antes.

O Relatório de Mercado Focus também mostrou hoje manutenção na projeção para o indicador que mede a relação entre a dívida líquida do setor público e o PIB para 2022. A mediana continuou em 59,15%, de 59,00% há um mês.

O relatório trouxe ainda estabilidade na perspectiva para a relação entre o resultado primário e o PIB deste ano, com o mercado prevendo superávit de 0,30%. Há um mês, a mediana era positiva em 0,10%. Já a relação entre déficit nominal e PIB em 2022 continuou em 6,80% ante 6,70% de quatro semanas antes.

O resultado primário reflete o saldo entre receitas e despesas do governo, antes do pagamento dos juros da dívida pública. Já o resultado nominal reflete o saldo já após as despesas com juros.

Em relação a 2023, a estimativa para a dívida líquida em relação ao PIB caiu ligeiramente, de 63,80% para 63,70%, de 62,00% há um mês. A mediana para o déficit primário permaneceu em 0,30% do PIB. Para o rombo nominal, a estimativa continuou em 7,70%. Os porcentuais eram negativos em 0,20% e 7,60%, respectivamente, há quatro semanas.

Balança comercial

Os economistas do mercado financeiro elevaram a estimativa de superávit da balança comercial em 2022 de US$ 67,20 bilhões para US$ 68,03 bilhões, ante US$ 70,00 bilhões de um mês atrás, segundo a pesquisa Focus. Para 2023, a projeção continuou em US$ 60,00 bilhões, de US$ 60,71 bilhões há quatro semanas.

No caso da projeção de déficit em conta corrente do balanço de pagamentos em 2022, a mediana continuou em US$ 18,00 bilhões, repetindo a expectativa de um mês atrás. Em 2023, a projeção para o rombo em transações correntes passou de US$ 29,00 bilhões para US$ 30,00 bilhões. Há um mês, a expectativa era deficitária em US$ 32,30 bilhões.

Para os analistas consultados semanalmente pelo BC, o ingresso de Investimento Direto no País (IDP) será suficiente para cobrir o rombo em transações correntes nesses anos. A mediana das previsões para o IDP em 2022 passou de US$ 56,25 bilhões para US$ 57,20 bilhões, ante US$ 58,40 bilhões de um mês atrás. Para 2023, passou de US$ 60,50 bilhões para US$ 61,00 bilhões, de US$ 66,15 bilhões há quatro semanas.