O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou em R$ 641 milhões, 73% maior do que o registrado um ano antes. Já em relação aos primeiros três meses de 2022 a alta foi menor, de 16%.
A receita líquida atingiu R$ 2,331 bilhões ante R$ 1,913 bilhão no segundo trimestre do ano passado, um aumento de 22%. Na comparação com o primeiro trimestre deste ano a alta foi de 2%.
Em seu relatório de resultados, a CBA diz que o mercado global de alumínio no segundo trimestre do ano foi marcado por incertezas como lockdowns em grandes centros econômicos e comerciais da China, crise energética, elevação da inflação mundial, sinais de desaceleração econômica global e continuidade do conflito entre Rússia e Ucrânia.
Muitos países europeus estão passando por cortes no seu fornecimento de gás natural vindo da Rússia como forma de retaliação às sanções cada vez mais agressivas e constantes ao país, o que consequentemente eleva o preço da energia e os custos na região.
Com as políticas monetárias de aumento das taxas de juros para conter a inflação e gargalos logísticos no comércio internacional, acentuaram-se os riscos de arrefecimento da demanda, segundo a CBA.
Segundo a consultoria CRU, o consumo de alumínio primário global aumentou em 2,1% entre abril e junho deste ano comparado ao primeiro trimestre, porém, regrediu 2,0% em relação ao mesmo período do ano passado, influenciado principalmente pelo consumo europeu que apresentou queda de 8,0% em comparação aos primeiros três meses do ano.
Além disso, diversos compradores europeus estocaram o metal nos primeiros meses do ano com receio da possível falta de material na região, contribuindo para menor ritmo de consumo atual.