Mantendo a volatilidade que tem sido observada nas últimas sessões – sendo nesta segunda-feira mais forte na etapa matutina dos negócios -, a cotação do dólar oscilou R$ 0,7 da mínima a R$ 5,0752 à máxima a R$ 5,1408 para encerrar o pregão nos R$ 5,0916 com alta de 0,35%. No exterior, o índice DXY, estava há instantes em 106,529 pontos, avançando 0,85%.
Para Anilson Moretti, head de câmbio da HCI Invest, atualmente, principalmente após a pandemia, qualquer notícia que envolve a China repercute em todos os países. “E hoje não foi diferente, após dados mais fracos daquela economia e o anúncio do corte de juros pelo banco central do povo da China (PBoC), o mercado estressou”, ressalta.
No entanto, pontua, o câmbio melhorou, com o real ainda pressionado, quando o fluxo de recursos estrangeiros começou a entrar. “Ainda que cada vez mais perto das eleições, com todos os riscos que envolvem, os estrangeiros têm visto o mercado brasileiro bem atrativo, principalmente com recursos para a Bolsa.”
Moretti lembra que, no início do ano, a cotação oscilou nos R$ 5,70 (chegou à marca dos R$ 5,7121 no fechamento de 5 de janeiro). Já nos meses de março, abril e maio esteve boa parte abaixo dos R$ 5,00, para ganhar tração no início de junho. “Mas, em julho, voltamos a observar essa virada de fluxo para o positivo, que perdura até agora”. Ele diz que a HCI Invest trabalha agora com o suporte de R$ 5,00. Não abaixo disso por causa do risco das eleições.
Por outro lado, para José Faria Junior, diretor da Wagner Investimentos, a marca dos R$ 5,20 pode chamar vendas. “Em caso de movimento de aversão ao risco, estimamos chance de voltar para a faixa entre R$ 5,20 e R$ 5,30”.
Pela manhã, os dados de atividade industrial, do setor imobiliário e de vendas no varejo da economia chinesa apresentados vieram pior do que o aguardado, apontando uma desaceleração. Com isso, os preços de commodities recuaram e a autoridade monetária concedeu estímulos.
Na sessão desta segunda-feira, as cotações dos contratos futuros de petróleo chegaram a tocar as mínimas desde janeiro, ao mesmo tempo em que os investidores seguiram monitorando uma possível alta na oferta, caso Teerã consiga exportar mais óleo, se o Irã conseguir retomar o acordo nuclear multilateral. O Brent para outubro recuou 3,11% (-US$ 3,05), a US$ 95,10 o barril.