“Nós forçamos a mão. Chamamos os fornecedores e pedimos aparelhos 5G. Dissemos: não queremos mais 4G. Queremos 5G. E não só aparelhos premium, mas também intermediários”, contou Teixeira, durante o evento 5G Summit Brazil, organizado pela Qualcomm.
O executivo revelou que a Claro chegou a fechar contratos de exclusividade para receber quatro modelos de smartphones (ele não revelou quais) com o objetivo de reforçar o portfólio de dispositivos à venda. Como resultado, 5% da base de usuários da operadora já contam com celulares compatíveis com o 5G.
Essa estratégia foi colocada em prática para gerar tráfego na rede que foi instalada e, consequentemente, começar a monetizar esse tráfego para compensar os investimentos bilionários feitos. “Todo operador quer tráfego na rede”, frisou Teixeira.
O presidente da Claro avaliou ainda que a demanda por aparelhos 5G está elevada e citou que as varejistas “acordaram” para essa demanda.
A princípio, as varejistas estavam mais focadas em vender celulares com preço competitivo. Com a ativação do sinal da nova geração de internet móvel, elas passaram a priorizar os aparelhos compatíveis com a nova tecnologia. “Eles (varejistas) são sensíveis a preço, mas viram que tem procura pelo 5G. É um bom caminho, pois vai permitir rapidamente um avanço na penetração. Primeiro no segmento premium, depois intermediário, e com perspectiva positiva para a indústria para se trazer tráfego para as redes”, avaliou.
A Claro também tem buscado firmar parcerias com outras empresas para apresentar o 5G, discutir o potencial de aplicações e iniciar projetos pilotos.
A empresa está fazendo testes com a nova tecnologia em uma planta da Gerdau em Ouro Branco (MG).