Para 2022, a mediana continuou sua trajetória de arrefecimento, guiada principalmente pelas medidas do governo para baixar os combustíveis e pelas recentes reduções nos preços da gasolina pela Petrobras. A estimativa cedeu de 7,02% para 6,82%, a oitava redução seguida, também bem acima do limite superior do objetivo a ser perseguido pelo Banco Central (5,00%). Há quatro semanas, a mediana era de 7,30%.
Considerando somente as 95 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 6,95% para 6,69% e a de 2023 foi de 5,34% para 5,30%.
As medianas divulgadas na Focus desta semana continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta a ser perseguida pelo Banco Central, após o descumprimento já observado em 2021, com o IPCA de 10,06%. O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%.
Mostrando sinais de desancoragem mais ampla, a mediana para o IPCA de 2024 continuou em 3,41%, contra 3,30% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 58 semanas atrás. A meta para os dois anos é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.
Outros meses
Os economistas do mercado financeiro passaram a prever deflação maior para o IPCA de agosto, de -0,19% para -0,26 %, conforme o Relatório de Mercado Focus. Um mês antes, o porcentual projetado era de alta de 0,05%.
Para setembro, a projeção de alta do IPCA no Focus cedeu de 0,48% para 0,39% ante 0,50% há quatro semanas. Para o índice de outubro, a estimativa de aumento passou de 0,54% para 0,53%, de 0,55% um mês antes.
A estimativa para a inflação suavizada para os próximos 12 meses também desacelerou, de alta de 5,71% para 5,53% de uma semana para outra – há um mês, estava em 5,38%.