Depois de dois pregões de correção, com as quais perdeu quase 3%, o Índice Bovespa tem uma sessão de recuperação, apoiada em boa medida pela alta dos preços das commodities no mercado internacional. A agenda econômica é escassa, o que tende a manter o compasso de espera dos últimos dias em relação a novas sinalizações do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para a sua política monetária.
Na Europa, os destaques do dia são os dados dos índices dos gerentes de compras (PMIs, na sigla em inglês) da Alemanha, Reino Unido e zona do euro, que vieram com sinais divergentes, sem influência relevante nos mercados.
No fim da manhã, o Ibovespa opera já no patamar dos 112 mil pontos, favorecido também pela alta nas bolsas de Nova York.
Segundo Dennis Esteves, especialista em Renda Variável da Blue3, a alta da bolsa hoje é uma recuperação técnica que resulta da combinação entre fatores como a forte alta dos preços do petróleo, a melhora das bolsas de Nova York e a expectativa do fim do ciclo de aumento de juros no Brasil. “É uma recuperação bastante técnica, tomada pela alta das commodities e pelo movimento de ‘stock picking‘”, afirma.
Para Rodrigo Jolig, sócio da Alphatree Capital, a recuperação do mercado hoje reforça um comportamento melhor do mercado brasileiro em relação ao americano. “Mesmo que aos trancos e barrancos, o Brasil fez a lição de casa na política monetária, enquanto os investidores americanos estão ansiosos por saber quais serão os próximos passos do Federal Reserve”, afirma.
Às 11h29, o Ibovespa tinha 112.112,53 pontos, em alta de 1,46%. Petrobras ON e PN tinham ganhos acima de 2% e Vale ON saltava mais de 4%.