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Bolsas de NY fecham nas maiores quedas desde junho de 2020, após CPI dos EUA

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Estadão Conteúdos

As bolsas de Nova York fecharam em forte queda nesta terça-feira, 13, com recuos de 4% a 5%. Os principais índices acionários de Wall Street tiveram o pior desempenho diário desde junho de 2020, na esteira do avanço inesperado no índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos.

No fechamento, o Dow Jones caiu 3,94%, a 31.104,97, o S&P 500 perdeu 4,32%, a 3.932,69,e o Nasdaq tombou 5,16%, a 11.633,57 pontos.

Em agosto, a inflação ao consumidor norte-americano teve alta mensal de 0,1% e anual de 8,3%. O resultado surpreendeu analistas, que previam queda de 0,1%, no que representaria a primeira deflação mês a mês desde maio de 2020, como registrou o Projeções Broadcast.

“As ações dos EUA estão desmoronando depois que uma inflação muito alta deixou Wall Street nervosa por estar otimista demais ao prever o fim do ciclo de aperto do Fed”, diz o analista da Oanda, Edward Moya. “O Fed provavelmente terá que ser ainda mais agressivo com o aumento das taxas e isso é uma má notícia para ativos de risco”.

Diferentes casas de projeções passaram a descartar a possibilidade de alta de 50 pontos-base (pb) nos juros na próxima quarta-feira, 21. As expectativas por posição mais agressiva do Fed também foram acompanhadas pelo mercado. Nas apostas monitoradas pelo CME Group, a chance de aumento de 50 pb zerou de ontem para hoje, enquanto de 75 pb caiu de 91% para 68% e de 100 pb subiu de zero para 32%, no fim da tarde.

Para a reunião de dezembro, a probabilidade de taxas Fed Funds acima de 4% passou a representar 83,5%, contra 25,5% ontem, de acordo com o mesmo monitoramento.

No S&P 500, os setores de comunicação e tecnologia foram os mais penalizados, em paralelo ao avanço dos juros da ponta curta dos Treasuries. Meta (-9,37%), Apple (-5,87%), Microsoft (-5,50%) e Alphabet (-5,90%), por exemplo, ficaram no vermelho.

Já o Twitter subiu 0,80%, após acionistas terem votado em apoio à proposta de aquisição de Elon Musk por US$ 44 bilhões – acordo que o bilionário busca romper.