Para 2022, a estimativa para alta do IPCA – índice de inflação oficial – foi reduzida pela 12ª semana seguida, de 6,40% para 6,00%, reflexo das desonerações patrocinadas pelo governo para baixar combustíveis e energia e também do recuo dos preços de gasolina.
Há um mês, a projeção era de 6,82%. Em relação a 2023, a mediana recuou pela quinta semana consecutiva, de 5,17% para 5,01%, contra 5,33% quatro semanas antes.
Considerando somente as 104 estimativas atualizadas nos últimos 5 dias úteis, a mediana para 2022 passou de 6,06% para 5,93%. Para 2023, variou de 5,05% para 5,00%.
Contrariando o movimento firme observado nas projeções para 2022 e 2023, a mediana para o IPCA de 2024 avançou pela terceira semana seguida, de 3,47% para 3,50%, contra 3,41% há um mês. A previsão para 2025 permaneceu em 3,00%, porcentual igual ao de 62 semanas atrás.
Apesar da melhora considerável nas últimas semanas, as medianas divulgadas na Focus continuam a apontar para três anos consecutivos de estouro da meta, após o descumprimento do mandado do Banco Central em 2021, com o IPCA de 10,06%.
O alvo para 2022 é de 3,50%, com tolerância superior de até 5,00%, enquanto, para 2023, a meta é de 3,25%, com banda até 4,75%. Já para 2024 e 2025, a meta é de 3,00%, com intervalo de 1,5% a 4,5%.
No Copom de agosto, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,8% em 2022, 4,6 % em 2023 e 2,7% para 2024. O colegiado elevou a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 13,75% ao ano.