Na Comex, divisão para metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro com entrega prevista para dezembro recuou 0,31%, a US$ 1.678,20 por onça-troy.
“O ouro sofre à medida que falha como ativo de segurança diante dos crescentes juros reais nos EUA, que não mostram sinais de moderação”, resume o analista Edward Moya, da Oanda. Na semana passada, o juro real de 10 anos atingiu seu maior nível de fechamento desde dezembro de 2018.
Para Moya, uma recuperação sustentada do metal precioso só vai acontecer caso o mercado leia mais sinais de que a inflação nos EUA está arrefecendo, o que por sua vez tiraria pressão para que o Fed continue a subir os juros. “O ouro eventualmente retomará seu papel de porto seguro, mas o pico do dólar precisa ser colocado em prática e isso não acontecerá por algumas reuniões” do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), projeta.
O analista também lembra que esta semana será marcada por aumentos de juros em outros países além dos EUA, como o Reino Unido. Um dia depois da decisão do Fomc, o Comitê de Política Monetária (MPC, na sigla em inglês) do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) se reunirá para decidir um novo nível para a Taxa Bancária, principal instrumento de política monetária do BC britânico.