Notícias

Notícias

Compra online é preferida por 64% dos consumidores, diz pesquisa

Por
Estadão Conteúdos

Mesmo com a reabertura da economia após o período mais crítico da pandemia de covid-19, o comércio eletrônico continua sendo a principal escolha dos consumidores. Segundo uma pesquisa feita recentemente pela NZN Intelligence, as compras online são preferidas por 64% dos entrevistados, enquanto 36% preferem adquirir produtos nas lojas físicas.

O movimento, segundo a presidente da NZN Intelligence, Tayara Simões, reflete não apenas o maior acesso à internet, mas também uma mudança no comportamento de consumo dos usuários, que cada vez buscam mais informações sobre o produto antes da aquisição. De acordo com o levantamento, por exemplo, 87% das pessoas que compram online disseram que fazem pesquisas sobre o produto antes de comprá-lo.

Desse total, a maioria se informa por meio das opiniões de outros usuários nos anúncios (56%), por sites especializados (53,4%) ou por canais de especialistas no Youtube (42,4%). Ainda segundo a pesquisa, 32% dos entrevistados afirmaram que seu consumo online “aumentou bastante” após a pandemia, enquanto 27% disseram que aumentou um pouco, 26% que o volume permaneceu o mesmo e 15% afirmaram ter reduzido as compras online no período.

“As pessoas estão mais críticas sobre o que consomem, e elas entenderam que a compra online dispõe de mais ferramentas para que elas consumam de forma mais consciente, fazendo pesquisa e até se planejando melhor”, afirmou Simões, ponderando que a evolução da tecnologia e da segurança online também são fatores importantes para o crescimento do comércio digital.

Nesse sentido, os recursos disponibilizados para o comércio eletrônico também se mostram significativos. Ainda segundo o levantamento, por exemplo, mais de um terço dos entrevistados (37%) estão dispostos a gastar mais de R$ 300 por mês em compras online, enquanto outros 19% se dispõem a gastar de R$ 150 a R$ 300. Em seguida, vieram as opções de gasto mensal de R$ 100 a R$ 150 (13%), de R$ 50 a R$ 100 (14%) e até R$ 50 (17%).

Apesar de o consumo online se mostrar uma tendência, Simões reitera que ainda há um caminho a ser percorrido pelas empresas. “Muitas companhias precisaram se adaptar rapidamente para o digital durante a pandemia, mas muitas ainda não têm o entendimento de que a compra online é uma jornada para o consumidor”, disse.

“Competir pela atenção do usuário é extremamente importante e estar em constante planejamento e fortalecendo a relação com o consumidor é essencial para que as marcas perdurem no mundo online”, completou.

A pesquisa foi elaborada com questões de múltiplas escolhas e foi feita entre os dias 8 e 11 de agosto, totalizando 543 respostas. Desse total, 68% dos respondentes se identificaram como sendo do gênero masculino, mais da metade (58%) tinha de 18 a 34 anos e a maioria (43%) estudou até a graduação.