“As nossas decisões são pautadas pelas equipes técnicas, que submetem as suas propostas em um processo que vem acontecendo há muitos meses. Então, não tem nenhuma decisão do plano que possa ser afetada pelo resultado da eleição”, afirmou o executivo.
De acordo com Dahan, a última palavra sobre o plano ainda terá de ser dada pelo conselho de administração da companhia, que foi renovado em agosto, inclusive com a eleição de dois nomes indicados pelo governo Bolsonaro que chegaram a ser rejeitados pelos órgãos de controle interno da Petrobras (os comitês de elegibilidade e de pessoas).
“Acho que é assunto superado, já foi debatido exaustivamente. O mais importante é que a governança da Petrobras tem suas definições, tanto o regimento interno como no estatuto e na Lei das Estatais, e esses processos foram seguidos”, argumentou.
Pré-sal
Segundo ele, o foco da estatal continua no pré-sal, mas também estão previstos investimentos no segmento de refino. “Ele (o plano) vem com a mesma consistência que nós apresentamos nos últimos anos, é um plano que tem foco no Brasil, com o desenvolvimento nas áreas do pré-sal, e com bastante investimento, não apenas em exploração e produção, mas também no dowstream”, disse Dahan.
Segundo ele, o plano ainda está sendo desenhado e não é possível divulgar o valor que será investido, ou se já incluirá novos projetos para a diversificação dos negócios da estatal diante da transição energética, como usinas eólicas offshore.
“Do ponto de vista de transição energética, a gente pretende prosseguir consistentemente com aquilo que a gente já fez, olhar projetos de descarbonização focados no desenvolvimento de produtos renováveis e, obviamente, buscando a transição através da diversificação rentável, ou seja, quais novos negócios ou atividades a Petrobras pretende focar imaginando um universo de longo prazo”, explicou o executivo.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.