No fim da tarde em Nova York, o dólar avançava a 144,41 ienes, o euro subia a US$ 0,9805 e a libra tinha alta a US$ 1,1079. O DXY registrou queda de 0,31%, a 112,254 pontos.
A Oanda lembra que o dólar recuava na reta final de um trimestre no qual mostrou força. Segundo ela, a libra ganhou fôlego hoje, de olho nos sinais do BC britânico. Economista-chefe do BoE, Huw Pill, afirmou que a flexibilização fiscal levará a uma resposta de política monetária “significativa”, reafirmando o compromisso em perseguir a meta de inflação. A premiê britânica, Liz Truss, enquanto isso, reafirmou sua defesa do plano fiscal mal recebido pelos mercados, que temem mais inflação e postura ainda mais hawkish do BoE diante da iniciativa.
O BMO Capital, por sua vez, comentava que a força recente do dólar está em foco. Para esse banco de investimentos, um esforço coordenado do G7 para desvalorizar a moeda americana “não deve ser totalmente descartado”, embora o rumo para executar uma iniciativa do tipo “já tenha se mostrado desafiador”.
Já o euro subiu mesmo após dado fraco de sentimento econômico na região da moeda comum, com esse índice na mínima desde novembro de 2020, na leitura de setembro. Segundo a Oxford Economics, os números indicam que a zona do euro já está em recessão, com inflação elevada e contração na indústria.
Entre moedas emergentes e commodities, o dólar avançava a 20,1804 pesos mexicanos. O Banco Central do México decidiu elevar sua taxa básica de juros em 75 pontos-base, a 9,25%, e elevou projeções para a inflação. A Pantheon diz esperar nova alta de 75 pontos-base na próxima reunião do Banxico, desde que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) faça o mesmo.
Entre os dirigentes do BC dos EUA, James Bullard (St. Louis) disse que as taxas elevadas de juros devem seguir por mais tempo do que o antes previsto. Loretta Mester (Cleveland), por sua vez, afirmou que uma recessão não impedirá o Fed de elevar os juros, com foco em conter a inflação.