O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 3,48% (US$ 2,91), a US$ 86,52 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançou 3,31% (US$ 2,94), a US$ 91,80 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
Segundo a Bloomberg, a Opep+ estuda a possibilidade de corte de até 2 milhões de bpd na produção de petróleo do grupo. Já o Financial Times publicou que Rússia e Arábia Saudita pressionam por cortes ainda maiores, com o tamanho ainda não acordado, mas com intuito de reduções de 1 milhão a 2 milhões de bpd ou mais, embora isso possa ser gradual ao longo de vários meses.
A Capital Economics pondera o impacto, a avalia que com a cota atual não sendo cumprida, o impacto real na oferta de petróleo será muito menor. “Estimamos que um corte de 1 milhão bpd nas cotas se traduziria em um impacto de 350 mil bpd na oferta real”, afirma.
“Os investidores parecem estar esperando um corte de cota bastante grande. Acreditamos que um anúncio de um corte menor que 500 mil bpd estaria abaixo das expectativas do mercado, pressionando os preços para baixo”, avalia a consultoria. Para a Capital Economics, qualquer corte de cota só aumentará o déficit do mercado global, que já era esperado para o quarto trimestre deste ano, e que sustenta a previsão de preços um pouco mais altos no final de 2022. “Mas existe o risco de precisarmos revisar nossas previsões de preços se o anúncio de amanhã mudar substancialmente o quadro de oferta”, pondera.
Enquanto isso, União Europeia (UE) está avançando em um teto de preço para o petróleo russo sob uma abordagem que mantém o esforço liderado pelos Estados Unidos, mas adia a aprovação final. Os estados membros da UE estão perto de concordar com uma abordagem em duas etapas para o preço máximo internacional do petróleo russo, que está sendo desenvolvido dentro do G7. As informações são do Wall Street Journal.