“Não iremos parar até que a inflação caia para 2%”, afirmou Mester. Segundo ela, será preciso ter juros reais positivos e ficar lá por algum tempo para combater as pressões nos preços. “Temos muito trabalho a fazer para conter a inflação, não vejo evidências para reduzir ritmo de aperto”, apontou. “Meu panorama de alta de juros é um pouco mais alto do que a média dos dirigentes, assim como a inflação é mais persistente”, disse Mester.
Para a dirigente, a “inflação foi muito mais forte e persistente do que pensávamos”. Em sua visão, o Fed teve uma mudança apropriada para postura mais restritiva na acomodação. “Há muitos fatores afetando inflação, como a guerra da Ucrânia, mas vamos usar nossas ferramentas”, reforçou, indicando a disposição no combate à alta de preços. “Teremos pressões para cima e para baixo na inflação”, adiantou.
Sobre uma eventual nova alta nos preços de energia, em especial pelos cortes na produção da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decididos nesta semana, Mester indicou que o tema deve ser foco de atenção do Fed, uma vez que pode impactar nos combustíveis.
Desemprego
A presidente do Federal Reserve (Fed) afirmou que acredita que taxa de desemprego nos Estados Unidos aumente um pouco, visando a intenção da autoridade de voltar à meta de inflação. Em evento do Conselho para Educação Econômica, ela disse que, por sua vez, se “não colocarmos inflação de forma sustentável na meta, não teremos mercado de trabalho estável”.
Em sua visão, o mercado de trabalho segue ainda muito forte. Para Mester, há dificuldade na expansão da mão de obra. A dirigente cita o caso da imigração ao país segue em baixa, já estava antes da pandemia, e piorou com os bloqueios.