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Ouro fecha em baixa, com avanço do dólar e perspectivas de aperto do Fed

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Estadão Conteúdos

O contrato mais líquido do ouro fechou em baixa nesta segunda-feira, 10, em uma sessão na qual os preços do metal são pressionados pela valorização do dólar, moeda na qual a commodity é cotada. Um dos motivos que impulsiona o ativo americana é a projeção de maior aperto monetário pelo Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) para tentar conter a inflação, algo que também tende a pressionar o ouro. A semana começa com altas expectativas pela publicação do índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) dos Estados Unidos em setembro, que será feita na quinta-feira, e tende a dar indicações sobre os próximos passos no combate à inflação.

O ouro para dezembro fechou baixa de 1,99%, em US$ 1.675,2 a onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).

O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, ressaltou nesta segunda-feira a necessidade de manter os juros nos EUA em patamar “suficientemente restritivo” por algum tempo.

Em suas projeções, que em geral estão alinhadas com as medianas do Fomc, Evans espera que o juro nominal nos EUA fique “um pouco acima” de 4,5% a partir do começo de 2023. Também será mais difícil controlar a inflação se as expectativas de consumidores desancorarem da meta de 2% do Fed, disse Evans.

Nesta segunda, a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, ressaltou que o risco de recessões no mundo aumentou, em meio a um ambiente difícil, “com mudanças fundamentais no mundo”.

Segundo ela, a inflação persistente exige aperto financeiro mais rápido, pois “não podemos permitir que a inflação seja um trem desgovernado”.