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Vice do Fed defende política monetária restritiva para inflação voltar à meta

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Estadão Conteúdos

Vice-presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Lael Brainard, afirmou nesta segunda-feira, 10, que a política monetária dos Estados Unidos será restritiva para garantir que a inflação volte à meta de 2%. Segundo ela, aumentos de juros até o final deste ano e em 2023 são esperados.

“Levará tempo para que o efeito cumulativo de uma política monetária mais restritiva funcione em toda a economia e reduza a inflação. Queremos ter certeza de que as expectativas de inflação estão bem ancoradas”, destacou Lael, durante evento da Associação Nacional de Economia Empresarial (NABE). “À luz da elevada incerteza econômica e financeira global, avançar deliberadamente e de maneira dependente de dados nos permitirá aprender como a atividade econômica evoluirá”, completou.

Ela comentou que a inflação está alta nos Estados Unidos e em todo o mundo, “refletindo o desequilíbrio persistente entre demanda robusta e oferta restrita causada pela pandemia e pela guerra da Rússia contra a Ucrânia”. “Preços de alimentos e energia enfrentam choques adicionais devido à guerra”, afirmou.

Lael Brainard ainda garantiu que o Fed está mantendo contato com outros bancos centrais sobre o impacto de sua política e destacou a importância de ser transparente. “O Fed apertou fortemente a política para reduzir a inflação, e o aperto está sendo amplificado pelo aperto externo simultâneo. Estamos muito cientes de que os efeitos transfronteiriços de movimentos inesperados nas taxas de juros e taxas de câmbio, bem como o agravamento dos desequilíbrios externos, em alguns casos, podem interagir com vulnerabilidades financeiras”, ressaltou.