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Petróleo fecha em alta, de olho em menor produção nos EUA e nas projeções da AIE

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Estadão Conteúdos

Os contratos futuros do petróleo fecharam em forte alta nesta quinta-feira, 13. Apesar do aumento dos estoques da commodity nos Estados Unidos, o corte da produção atraiu a atenção dos investidores. Cortes nas projeções para oferta e demanda de petróleo pela Agência Internacional de Energia (AIE) também ficaram no radar, assim como a inflação acima do esperado nos Estados Unidos.

O petróleo WTI para novembro fechou em alta de 2,33% (US$ 1,84), a US$ 89,11 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para dezembro avançou 2,29% (US$ 2,12), a US$ 94,57 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).

O Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) norte-americano mostrou alta de 9,879 milhões de barris nos estoques de petróleo na semana mais recente, bem acima do avanço de 1,0 milhão de barris previsto por analistas. Os estoques de gasolina avançaram, contrariando a previsão, e os de destilados recuaram mais que o esperado, enquanto a produção média diária dos EUA caiu. Num primeiro momento, o petróleo manteve a alta demorada após o dado, mas logo ganhou mais força.

Mais cedo, a Agência Internacional de Energia (AIE) destacou, em seu relatório mensal, que a recente decisão da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) de cortar sua oferta em 2 milhões de barris por dia, para impulsionar os preços da commodity, ocorre em um momento de inflação já elevada e crescimento fraco. Para a AIE, a estratégia do cartel pode levar a economia global à recessão. A agência avalia que a estratégia da Opep+ deixará o mercado de petróleo “ainda mais apertado”, num quadro de extrema vulnerabilidade e com poucas alternativas adicionais de fontes de oferta para compensar a estratégia. A AIE ainda cortou projeções de oferta e demanda no mercado.

Em relatório, o UBS afirma que reitera suas projeções para o preço do petróleo, com o Brent em média em US$ 100 o barril ao longo do quarto trimestre de 2022 e do primeiro trimestre de 2023. O banco diz, porém, que o corte da Opep+ reduz riscos de baixa para a commodity. O UBS ainda acredita que persiste um quadro de investimento abaixo do necessário no setor, o que para ele corrobora sua expectativa de que os riscos para a projeção do preço do petróleo no longo prazo sejam de alta.

A Oanda, por sua vez, diz esperar cortes nas perspectiva para a demanda por petróleo nos próximos meses, “mas neste momento o mercado parece que seguirá apertado”. Segundo ela, caso a situação da covid-19 na China não leve a lockdowns massivos, o petróleo Brent deve encontrar uma faixa “abaixo de US$ 100 o barril”.