Já a receita líquida aumentou 21,5%, de R$ 2,219 bilhões para R$ 2,697 bilhões no segundo trimestre fiscal deste ano. No segmento alimentício Brasil, a receita aumentou 12,2%, para R$ 1,874 bilhão. O segmento alimentício internacional obteve receita líquida 49,9% maior, de R$ 822,4 milhões.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) avançou 9,1% na mesma comparação, de R$ 191,1 milhões para R$ 208,5 milhões. Já a margem Ebitda cedeu 0,9 ponto porcentual do segundo trimestre fiscal de 2021 para o segundo trimestre fiscal deste ano, encerrando o período em 7,7%.
O diretor-presidente da Camil, Luciano Quartiero, destacou, em comunicado para imprensa e investidores, que os resultados ocorrem em meio a cenários desafiadores na América Latina. Entre eles, citou a retração de compras do varejo no Brasil em agosto e o cenário político-econômico desafiador no Peru e Chile. “No Brasil, diante de um cenário de patamares elevados de preços de matérias-primas e maiores despesas para as indústrias, minimizamos o efeito de cenários desafiadores com a tendência de repasse de preços ao consumidor e uma das mais completas plataformas de produtos e marcas líderes no mercado de alimentos na América Latina, que atendem todos os nichos de consumo”, disse Quartiero no comunicado.
A alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebitda) terminou o segundo trimestre fiscal deste ano em 2,6 vezes ante 1,5 vez obtido em igual período do ano fiscal anterior. No período, a companhia investiu (Capex) R$ 42,3 milhões, 3,6% menos que no segundo trimestre fiscal de 2021.
Quartiero destacou também como fato relevante do trimestre a aquisição da fabricante de biscoitos Mabel e o licenciamento da marca Toddy para cookies, anunciados em agosto, o que marcou a entrada da Camil em biscoitos. “A aquisição traz complementaridade geográfica com potencial de cross-selling e expansão da presença da Camil no Centro-Oeste, Nordeste e Sudeste do Brasil, além de sinergias de suprimentos, comercial e despesas gerais e administrativas. Esse é mais um importante passo para a diversificação da companhia, com categorias que detêm relevante potencial de crescimento e maior valor agregado, consolidando a Camil como plataforma de alimentos na América Latina”, afirmou o executivo. Até a conclusão do negócio, de R$ 152,8 milhões, a Camil continuará operando de forma independente da Mabel.