“A inflação é um tremendo risco para o crescimento e o bem-estar das pessoas. Portanto, temos de nos concentrar no significado, a luta contra ela para os bancos centrais em quase todos os lugares”, disse Georgieva, durante evento anual do Grupo dos Trinta (G30), organismo internacional que reúne os principais financiadores e acadêmicos do mundo.
Segundo ela, o cenário atual exige que as autoridades monetárias têm de aumentar as taxas de juro de forma “consistente e prudente” para derrubar a inflação e, mais importante, manter as expectativas de inflação, “bem ancoradas”.
A diretora-gerente do FMI afirmou ainda que o ambiente político atual é “muito mais complexo” do que o vivenciado em 2020, quando a foram diagnosticadas as consequências econômicas da Covid-19. “Tínhamos a política monetária e a fiscal trabalhando na mesma direção da acomodação, enquanto hoje a política monetária aperta, enquanto a fiscal precisa reconhecer as dificuldades para as pessoas e apresentar medidas temporárias e bem direcionadas para apoiar os mais vulneráveis”, disse Georgieva.
Há ainda, conforme ela, o reconhecimento de que os riscos para a estabilidade financeira estão crescendo e uma rápida e desordenada repactuação de ativos pode ser ampliada por vulnerabilidades existentes, como alta dívida pública e também baixa liquidez em algumas partes do mercado financeiro.
“É fundamental termos fundamentos fortes em um mundo mais propenso a choques que agora vamos viver”, disse.