Com o mercado internacional de diesel pressionado e as cotações em alta, a Petrobras voltou a praticar preços abaixo da paridade de importação. Segundo a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o diesel da Petrobras está 12% mais barato que o preço internacional e deveria ser aumentado em R$ 0,70 por litro para entrar na paridade. Essa conjuntura, dizem especialistas ouvidos pelo Broadcast/Estadão, não tem permitido novas reduções por parte da estatal e os preços nas bombas, portanto, tendem à estabilidade ou aumentos leves nas próximas semanas.
No mesmo período, o preço médio da gasolina subiu 1,4% nos postos do País, revertendo o movimento baixista das últimas 15 semanas.
Desde o rebaixamento do teto de 17% no ICMS sobre combustíveis, em 24 de junho, o diesel S10 foi reajustado para baixo nas refinarias da Petrobras em três ocasiões. Em três meses e meio, o insumo acumula queda de 13,4% no preço médio do litro, que variou de R$ 7,68 no início do ciclo para os atuais R$ 6,65.
Gás de cozinha
Já o botijão de 13 quilos de gás de cozinha (GLP), produto amplamente consumido pelas faixas mais pobres da população, foi vendido a R$ 110,99 esta semana, aumento de 0,3% ante o preço da semana passada, de R$ 110,62.
O preço do botijão vinha em alta no varejo até o fim de setembro, mas caiu como consequência das duas reduções realizadas pela Petrobras nas refinarias, em 13 e 22 de setembro. A leve alta desta semana, movimento próximo à estabilidade, denota, igualmente, o fim da influência desses descontos da Petrobras no preço final do GLP ao consumidor.