No fim da tarde em Nova York, o dólar recuava a 146,34 ienes, o euro avançava a US$ 1,0083 e a libra tinha alta a US$ 1,1630. O índice DXY registrou queda de 1,13%, a 109,700 pontos.
A Western Union afirmou em relatório que mudanças na perspectiva para o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) pressionavam o dólar. Ela lembra que o mercado ainda espera alta de 75 pontos-base na reunião de novembro do Fed, mas agora acredita que o enfraquecimento econômico levará a altas menores adiantes, inclusive em dezembro, quando poderia ser de 50 pontos-base. A Western Union destacou que nesse quadro moedas rivais se recuperavam, rompendo níveis psicológicos, como o euro retomando a paridade, o que amplificou o movimento.
O ANZ, por sua vez, destacava o fato de que o BC do Canadá decidiu elevar os juros apenas em 50 pontos-base, quando o mercado esperava alta de 75 pontos-base. No horário citado, o dólar recuava a 1,3576 dólar canadense, após ter chegado a avançar depois do anúncio de juros canadense. O ANZ lembra as especulações sobre o Fed, nesse contexto, mas aponta que os dados de inflação dos EUA “não devem facilitar” uma mudança pelo BC americano já na próxima semana, e diz ainda que serão necessários sinais de moderação no quarto trimestre para que o Fed se assegure de que sua política de aperto “começa a ter o impacto desejado”.
Sobre o Canadá, a Oxford Economics lembra que a alta menor que a esperada pelo mercado veio acompanhada de sinalização de mais elevações nos juros pela frente. O BC canadense diz que a inflação desacelera no país, mas ainda muito distante da meta de 2% (em setembro, ficou em 6,9% na comparação anual). A consultoria ainda recorda que a força do dólar dos EUA representa uma pressão inflacionária extra, no Canadá e em outros países.
Entre moedas emergentes, o dólar avançava a 155,4154 pesos argentinos. A Fitch rebaixou hoje o rating da Argentina, de CCC a CCC-, ante “desequilíbrios macroeconômicos profundos” e uma “posição de liquidez externa altamente restrita”. A agência ainda lembrava que a inflação anual no país deve atingir 100%, dizendo que o quadro implica riscos para a sustentabilidade da dívida pública argentina.