“A confiança de serviços caiu em outubro, voltando a ficar abaixo dos 100 pontos após três meses acima do nível considerado neutro. A queda ocorre tanto por uma piora das avaliações sobre o momento, mas que ainda se mantém dentro do limite de normalidade, quanto das expectativas. O setor parece começar a dar sinais de desaceleração, projetando uma redução de demanda nos próximos meses principalmente nos serviços profissionais e de informação e comunicação, e na tendência futura dos negócios”, avaliou Rodolpho Tobler, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.
Conforme a FGV, os próximos meses devem ser cruciais para confirmar a direção do setor todo considerando o cenário macroeconômico desafiador e a expectativa de uma economia mais fraca na virada para 2023.
Em outubro, o Índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 1,8 ponto, para 100,0 pontos. O Índice de Expectativas (IE-S) caiu 3,5 pontos, para 98,2 pontos, após sete meses seguidos de altas.
O segmento de serviços prestados às famílias manteve a tendência positiva, alcançando 106,8 pontos, o maior nível desde 2011. Na direção oposta, a agregação dos outros segmentos de serviços voltou a cair, para 97,8 pontos.
“A queda da confiança dos demais segmentos pode estar indicando o início de uma desaceleração do setor, e que seria mais forte se não fosse a alta de serviços prestados às famílias, que pode ter ainda uma certa demanda reprimida”, completou Tobler.
A coleta de dados para a edição de outubro da Sondagem de Serviços foi realizada com 1.511 empresas entre os dias 3 e 26 do mês.