Os dados foram divulgados nesta sexta-feira, 28, pela Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) e consideram apenas as operações realizadas com recursos da caderneta de poupança. Não entram aí, por exemplo, os financiamentos no âmbito do Casa Verde e Amarela (CVA), que utilizam recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
No acumulado de janeiro a setembro de 2022, os financiamentos totalizaram R$ 136,48 bilhões, uma baixa de 11,8% na comparação com os mesmos meses de 2021, segundo a Abecip.
Apesar do recuo nas atividades, o presidente da Abecip, José Rocha Neto, vem reiterando nos últimos meses que 2022 será o segundo melhor ano de toda a história para o setor. Segundo ele, há um recuo na comparação com o recorde de 2021, mas o volume de concessão é considerado aquecido e saudável.
Em termos de quantidade de casas e apartamentos financiados, foram 61,8 mil unidades, contração de 16,2% na comparação anual. Entre janeiro e setembro de 2022, foram financiados 559,54 mil imóveis, resultado 15,6% inferior ao de igual período de 2021.
A Abecip também divulgou dados do Banco Central mostrando que a poupança – fonte do crédito imobiliário – teve uma captação líquida de negativa de R$ 4,96 bilhões no mês, ou seja, teve mais saques que depósitos.
Embora negativo, o resultado de setembro foi melhor que o de agosto (saídas de R$ 19,7 bilhões) e o de setembro do ano passado (saídas de R$ 6,3 bilhões). Neste ano, a captação líquida está negativa em R$ 72,8 bilhões.
No fim de setembro, o saldo de todas as cadernetas de poupança no mercado somava R$ 757,71 bilhões, montante 4,2% menor do que um ano antes.
Desempenho dos bancos
A Caixa Econômica Federal liderou a concessão de financiamentos no mês de setembro: foram R$ 8,808 bilhões. Na sequência vieram Itaú Unibanco (R$ 3,699 bilhões), Bradesco (R$ 1,708 bilhão), Santander (R$ 828,7 milhões), e Banco do Brasil (R$ 302,1 milhões).
No acumulado do ano, as posições são as mesmas. A Caixa foi quem mais concedeu crédito imobiliário, totalizando R$ 73,6 bilhões. Na sequência vieram Itaú Unibanco (R$ 30,1 bilhões), Bradesco (R$ 16 bilhões), Santander (R$ 7,1 bilhões), e Banco do Brasil (R$ 4,4 bilhões).